A Sociedade Civil vem a público demonstrar seu profundo descontentamento com a falta de espaços públicos adequados ao dispor da sociedade, artistas e segmentos culturais para realizar, apresentar e acessar os trabalhos produzidos no Estado de Roraima.
A classe artística roraimense enfrenta inúmeros obstáculos para produzir e apresentar seus trabalhos: o custo amazônico, as longas distâncias geográficas e a falta de fomento dificultam a circulação, o intercâmbio e a difusão da produção local.
É importante ressaltar a falta de uma política pública de financiamento à Cultura: o que temos são recursos provenientes da Lei 318/2001, de Incentivo à Cultura, a qual não atende todos os segmentos culturais existentes em Roraima e não dá conta de suas especificidades. Cabe aqui pontuar a dificuldade em encontrar um financiador para os projetos aprovados na referida lei, com o agravante de não dispormos de espaços públicos adequados para as apresentações.
Destacamos o descaso por parte do poder público com a manutenção dos espaços existentes no Estado e município, que integram o patrimônio artístico-cultural. São eles: o Teatro Carlos Gomes, o Museu Integrado de Roraima, a Casa de Cultura. Os prédios que estão em funcionamento estão em condições ruins ou inadequadas, como a Escola de Música, o Palácio da Cultura, o Parque Anauá e as praças de Boa Vista que possuem potencial para tornar-se um verdadeiro “Caldeirão Cultural”, porém enfrenta a burocracia do poder público. Não podemos esquecer o “grandioso” Teatro Municipal, que desde o inicio da sua construção ainda gera inúmeras dúvidas sobre a sua ocupação por artistas, grupos e coletivos.
A construção de políticas públicas para Cultura também passa pelo diálogo entre o poder público e a sociedade civil. Diante disso, cabe ao Estado e ao Município sanar e buscar soluções conjuntas para as problemáticas apresentadas.
O cenário que se verifica nos coloca em alerta e nos impulsiona a estar vigilantes frente ao descaso com que o poder público tem tratado os nossos importantes bens culturais e que poderiam estar à inteira disposição da sociedade.
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