quinta-feira, 30 de julho de 2020

Depois de descumprir promessa por três vezes em mais de um mês e poder pedir música no Fantástico, Secult começa a assinar contrato com selecionados do edital #culturaemcasa

Finalmente, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) começou a assinar contrato com selecionados do edital #culturaemcasa, após intensa pressão do movimento cultural. As primeiras assinaturas foram na quarta-feira, 29 de julho, mais de um mês depois da primeira promessa da Secult sobre o assunto. 

Fonte: story da Secult no Instagram

Segundo apuramos, mesmo sem a assinatura do contrato, uma empresa privada gravou, em nome da Secult, com alguns selecionados, o que está em desacordo com o próprio edital, segundo o qual, “A execução da prestação do serviço somente será autorizada após a assinatura do contrato, que será publicado no Diário Oficial do Estado de Roraima”. 

O próprio secretário de Cultura, Marksjohnson Castro, confirmou em entrevista ao vivo à Rádio Folha, no dia 24 de julho, que as gravações começaram antes da assinatura do contrato. A Secult alega que foram gravadas somente entrevistas preliminares, e não as apresentações em si. Mas, os stories no Instagram da própria secretaria desmentem a Secult: lá, a Secretaria de Cultura publicou fotos de apresentações artísticas gravadas (que não postaremos aqui para não constranger nenhum artista).

Confira a linha do tempo das promessas descumpridas pela Secult 

22 de junho: a Secult promete, por meio de nota, publicada em reportagem do jornal Folha de Boa Vista, que chamaria todos os artistas para assinarem contrato até o fim daquela semana, ou seja, até 26 de junho. Não cumpriu. 

1º de julho: a Secult garante, por meio de nota, publicada em reportagem do jornal Folha de Boa Vista, que os selecionados já estavam sendo contatados desde o dia 30 de junho. Segundo apuramos, com a grande maioria dos primeiros selecionados, quase ninguém foi contatado e, quem foi contatado, foi só para a Secult avisar que o artista deveria continuar esperando. Ou seja, a Secult não cumpriu sua promessa, pela segunda vez. 

Por volta do dia 4 de julho: segundo apuramos, uma empresa privada, em nome da Secult, começa a convocar artistas para gravarem, sem deixar claro que não seria feita a assinatura do contrato. Ao saberem que não haveria nenhuma formalização, alguns não gravaram. 

10 de julho: a Secult compartilha foto publicada no story do perfil pessoal do diretor de Promoção Cultural da Secult Rapahel Mendes anunciando que as gravações começariam no dia seguinte, com os seguintes dizeres: “Amanhã iniciaremos a segunda série de vídeos da Campanha #CulturaEmCasa. Os vídeos serão realizados com os artistas selecionados no Edital Cultura em Casa, para apresentações online”. Como se vê, não há menções à gravação de entrevistas; somente de apresentações. 

11 de julho: começam as gravações, sem assinatura de contrato. 

24 de julho: o secretário de Cultura Marksjohnson Castro promete, em entrevista ao vivo à Rádio Folha, que os contratos seriam assinados a partir da segunda-feira seguinte, 27 de julho. Não cumpriu, pela terceira vez. 

29 de julho: os contratos foram finalmente assinados por alguns artistas.

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