quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O RAP, OS NEGROS E O BRASIL

Por 7niggaz

Não é segredo para ninguém que no Brasil mais de 50% da população é negra. Também não é segredo para ninguém que o rap hoje entre os adolescentes e jovens é o estilo musical mais ouvido, até mesmo em Boa Vista. Basta sair nas ruas para perceber esse fato.

Mas cadê a devida valorização, tanto para o rap, quanto para os negros? Falo assim porque, as “pessoas” querendo, ou não, o rap, juntamente com o reggae, em nível mundial, é o estilo musical que mais representa os negros e que os enaltece, sendo, no meu ponto de vista, como uma joia para nós, povo negro, já que fomos nós que o criamos.

O Brasil, em contrapartida, vai na contramão disso. Quando falo o Brasil, falo da mídia que manipula mentes e, ao mesmo tempo, não aceita o poder paralelo do rap, e também das políticas públicas que só aceitam de bom grado o rap e a cultura hip-hop quando é pra fazer nome em cima dele, ou até mesmo para fazer projetos para trazer verba para um município e, no fim, não aplicá-la, desviando, coisa que vivenciei em um projeto social de uma cidade que não vou dizer qual é (mas dou uma cocada preta pra quem adivinhar). Desvio de recursos que saem dos nossos bolsos é coisa inaceitável, feita por pessoas de má fé, que se dizem administradores do dinheiro público.

Enfim, embora haja tudo isso para atrapalhar o processo todo, o rap nunca dependeu diretamente de governos, nem de ONGs. Até porque o rap é maior que todos eles, a meu ver, pois resgata e transforma, além de divertir de forma tão natural que não tem  como parar.

O jovem gosta de rap, rap aumenta o Q.I., te dá conhecimento, te faz ter e criar opinião. É como sempre falo: o rap é paralelo e isso se comprova no fato de que hoje é o estilo mais tocado no mundo, e no Brasil, um dos mais tocados. Ainda não nas rádios e TVs, mas na rua e nas casas e nos fones de ouvidos. Não tenha dúvidas disso.

E, assim como aconteceu nos EUA, é uma questão, não mais de tempo, mas, sim, de resistência da mídia. Vamos ver até onde rádios e TVs vão aguentar antes de abrir as pernas para a música que saiu das ruas e tomou todas as classes. Afinal hoje é tão comum ver o playboy, no seu carrão, tremendo tudo com um bom rap.

Mas a questão x mesmo que reforça ainda mais a certeza de tudo o que falei é a continuidade do crescimento de identidade com o estilo musical por parte de nós, que somos donos e criadores dele. Quando isso acontecer, em grande maioria, não seremos mais afetados pelas roubalheiras do sistema ou pela resistência da mídia. Por que aí sim, estará construído o poder paralelo, e acreditem: isso vai acontecer mais rápido do que a maioria espera.


Deixo aqui uma frase: “negros valorizem o que valoriza vocês”.
Tamo junto, daqui 7niggaz, ABANKATODA, ABANKA sempre ganha!


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Um comentário:

  1. não são as pessoas que conhecem o rap através da mídia , e sim a mídia que conhece o rap através das pessoas, é ai que está a grande diferença que faz do rap um dos estilos musicais mais fortes do mundo e o mais tocado nos dias de hoje, #7niggaz

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