Por 7niggaz
Não é
segredo para ninguém que no Brasil mais de 50% da população é negra. Também não
é segredo para ninguém que o rap hoje entre os adolescentes e jovens é o estilo
musical mais ouvido, até mesmo em Boa Vista. Basta sair nas ruas para perceber
esse fato.
Mas cadê a
devida valorização, tanto para o rap, quanto para os negros? Falo assim porque,
as “pessoas” querendo, ou não, o rap, juntamente com o reggae, em nível mundial,
é o estilo musical que mais representa os negros e que os enaltece, sendo, no
meu ponto de vista, como uma joia para nós, povo negro, já que fomos nós que o
criamos.
O Brasil,
em contrapartida, vai na contramão disso. Quando falo o Brasil, falo da mídia
que manipula mentes e, ao mesmo tempo, não aceita o poder paralelo do rap, e
também das políticas públicas que só aceitam de bom grado o rap e a cultura hip-hop
quando é pra fazer nome em cima dele, ou até mesmo para fazer projetos para
trazer verba para um município e, no fim, não aplicá-la, desviando, coisa que
vivenciei em um projeto social de uma cidade que não vou dizer qual é (mas dou
uma cocada preta pra quem adivinhar). Desvio de recursos que saem dos nossos
bolsos é coisa inaceitável, feita por pessoas de má fé, que se dizem
administradores do dinheiro público.
Enfim,
embora haja tudo isso para atrapalhar o processo todo, o rap nunca dependeu
diretamente de governos, nem de ONGs. Até porque o rap é maior que todos eles,
a meu ver, pois resgata e transforma, além de divertir de forma tão natural que
não tem como parar.
O jovem
gosta de rap, rap aumenta o Q.I., te dá conhecimento, te faz ter e criar
opinião. É como sempre falo: o rap é paralelo e isso se comprova no fato de que
hoje é o estilo mais tocado no mundo, e no Brasil, um dos mais tocados. Ainda
não nas rádios e TVs, mas na rua e nas casas e nos fones de ouvidos. Não tenha
dúvidas disso.
E, assim
como aconteceu nos EUA, é uma questão, não mais de tempo, mas, sim, de
resistência da mídia. Vamos ver até onde rádios e TVs vão aguentar antes de abrir
as pernas para a música que saiu das ruas e tomou todas as classes. Afinal hoje
é tão comum ver o playboy, no seu carrão, tremendo tudo com um bom rap.
Mas a
questão x mesmo que reforça ainda mais a certeza de tudo o que falei é a
continuidade do crescimento de identidade com o estilo musical por parte de nós,
que somos donos e criadores dele. Quando isso acontecer, em grande maioria, não
seremos mais afetados pelas roubalheiras do sistema ou pela resistência da
mídia. Por que aí sim, estará construído o poder paralelo, e acreditem: isso
vai acontecer mais rápido do que a maioria espera.
Tamo junto,
daqui 7niggaz, ABANKATODA, ABANKA sempre ganha!
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não são as pessoas que conhecem o rap através da mídia , e sim a mídia que conhece o rap através das pessoas, é ai que está a grande diferença que faz do rap um dos estilos musicais mais fortes do mundo e o mais tocado nos dias de hoje, #7niggaz
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