terça-feira, 3 de outubro de 2017

O que falta para o Governo de RR propor alteração da Lei de Incentivo?

Motivos para mudar a Lei Estadual de Incentivo à Cultura não faltam. Os artistas reclamam; as empresas, também. Mas isso não parece suficiente para o Governo do Estado formalizar proposta para modificar a lei. O Governo já montou comissão para elaborar proposta de alteração da Lei de Incentivo, mas parece que a coisa não andou. Além disso, o Conselho de Cultura entregou à Secult minuta de novo decreto de regulamentação, que não precisaria passar pela Assembleia Legislativa. Para entrar em vigor, decretos somente precisam ser assinados pelo chefe do Poder Executivo.

Um dos principais motivos para mudar urgentemente a Lei de Incentivo é que o texto em vigor está em desacordo com um convênio nacional que tem força de lei.

Segundo checagem realizada pela nossa equipe, hoje não há qualquer projeto em tramitação na Assembleia Legislativa, seja de autoria do Executivo ou de um dos deputados.

Comissão da Secult – Em dezembro de 2016, a governadora Suely Campos nomeou comissão de trabalho para propor alteração na Lei de Incentivo. Em julho de 2017, nossa equipe pediu informações à Secretaria de Estado da Comunicação sobre o resultado dos trabalhos da comissão, mas não recebeu resposta até o momento. Também não se sabe se essa comissão levou em consideração a proposta do CEC encaminhada anteriormente à Secult.

Proposta do Conselho – Em 2015, o Conselho Estadual de Cultura entregou à Secult minuta de novo decreto de regulamentação da Lei de Incentivo. Na oportunidade, a Secult, por meio do então titular da pasta, Marcos Jorge de Lima, se comprometeu a realizar audiência pública para discutir a proposta e, em seguida, enviar a minuta consolidada à Assembleia Legislativa.

Na época, Marcos Jorge estava em processo de saída da secretaria, para assumir cargo no Ministério do Esporte. Seus sucessores na Secult não cumpriram o acordo firmado.

Aprovada por unanimidade pelo Plenário do Conselho, a minuta é fruto de estudo, discussão e trabalho, feito durante pelo menos quatro meses, por comissão formada por membros do CEC e do GTAP (Grupo Técnico de Avaliação de Projetos), com assessoria jurídica.

Durante o período, a comissão fez estudo do mecanismo de incentivo à cultura mediante renúncia fiscal pelo Governo Federal (Lei Rouanet) e por, ao menos, outras cinco unidades da federação (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e Distrito Federal).

#LutopelaculturaRR 

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