sábado, 19 de agosto de 2017

A inacreditável história do milho gigante


Lá pras bandas do lavrado
Uma miúda formiga
Diz que caçava comida
Pra levar pro formigueiro
Andou quase o dia inteiro
E achou algo interessante
Era um milho gigante
Maior que um veado campeiro

A formiguinha valente
Não desistiu logo não
No milho deu um puxão
Depois que fincou-lhe o dente
Empurrou pra trás, pra frente
Mas não saiu do lugar
Ficou logo a matutar:
Precisava dos parente

Mas não podia deixar
O milho ali dando sopa
Porque uma enorme boca
Podia perto passar
E se meter a falar:
“Esse milho agora é meu
Porque se o dono perdeu
Né mais dono, marrapá!”

“Agora o que eu vou fazer?
A formiga perguntava
Mas solução não achava
Pra levar o tal milhão
Foi nesse momento então
Que ali naquele lugar
Passou um tamanduá
Se fazendo de amigão

Disse ele: “Fique fria
Vá que eu cuido pra você
Não deixo ninguém mexer
No milho dos meus amigo
Chame as formiga, os formigo
Pra eles lhe ajudar
E quando vocês voltar
Inda vão encontrar comigo”

A formiga em disparada
Foi até o formigueiro
Chamar os seus companheiro
Pra cuidar do tal milhão
Chamou o pai, o irmão
Os parente, os vizinho
E o formigueiro todinho
Foi andando em mutirão

Só que quando chegou lá
A festa logo babou
O que era doce acabou
O tamanduá comeu tudo
O milho virou sabugo
O sonho, decepção
“Isso que é traição!
Disse ela ao barrigudo

“É da minha natureza
O que acabei de aprontar
O que não dá pra acreditar
É como você caiu
Onde é que já se viu?
Formiga que é formiga
Nenhum dia de sua vida
Confia em tamanduá

Mal terminou de falar
E caiu morto no chão
Devido à congestão
Por comer o milho gigante
E virou naquele instante
Comida pro formigueiro
Foi fartura o ano inteiro
Como nunca se viu antes

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