Lá pras bandas do lavrado
Uma miúda formiga
Diz que caçava comida
Pra levar pro formigueiro
Andou quase o dia inteiro
E achou algo interessante
Era um milho gigante
Maior que um veado campeiro
A formiguinha valente
Não desistiu logo não
No milho deu um puxão
Depois que fincou-lhe o dente
Empurrou pra trás, pra frente
Mas não saiu do lugar
Ficou logo a matutar:
Precisava dos parente
Mas não podia deixar
O milho ali dando sopa
Porque uma enorme boca
Podia perto passar
E se meter a falar:
“Esse milho agora é meu
Porque se o dono perdeu
Né mais dono, marrapá!”
“Agora o
que eu vou fazer?”
A formiga
perguntava
Mas solução não
achava
Pra levar o tal
milhão
Foi nesse momento
então
Que ali naquele
lugar
Passou um tamanduá
Se fazendo de
amigão
Disse ele: “Fique
fria
Vá que eu cuido
pra você
Não deixo ninguém
mexer
No milho dos meus amigo
Chame as formiga, os formigo
Pra eles lhe
ajudar
E quando vocês
voltar
Inda vão encontrar comigo”
A formiga em
disparada
Foi até o
formigueiro
Chamar os seus
companheiro
Pra cuidar do tal
milhão
Chamou o pai, o
irmão
Os parente, os
vizinho
E o formigueiro
todinho
Foi andando em
mutirão
Só que quando
chegou lá
A festa logo
babou
O que era doce
acabou
O tamanduá comeu
tudo
O milho virou
sabugo
O sonho, decepção
“Isso que é
traição!”
Disse ela ao
barrigudo
“É da minha natureza
O que acabei de
aprontar
O que não dá pra
acreditar
É como você caiu
Onde é que já se
viu?
Formiga que é
formiga
Nenhum dia de sua
vida
Confia em
tamanduá”
Mal terminou de
falar
E caiu morto no
chão
Devido à congestão
Por comer o milho
gigante
E virou naquele
instante
Comida pro
formigueiro
Foi fartura o ano
inteiro
Como nunca se viu
antes
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