“Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel” (Chico Buarque/ Edu Lobo)
A atriz chorou. E nós, seu
público, choramos juntos. Essa bem que poderia ser a descrição de uma peça de
teatro de sucesso, um drama que, de tão envolvente, leva a plateia às lágrimas.
Mas não há peça em cartaz.
O teatro está fechado. Há mais de uma década. Em ruínas. Por isso, a atriz
chora. E nós também. Não estamos acostumados a ver atrizes chorarem fora do
palco.
“Nosso finado Teatro
Carlos Gomes: foi meu primeiro palco e desde 2005 está abandonado, sempre na
ilusão de uma reforma ‘desviada’. Quanto descaso desses governos...”, desabafa uma fala que não estava prevista no roteiro.
Moça, que seu choro
sensibilize os corações mais duros. Que, em breve, olhemos para trás e riamos
juntos desse cenário e dessa comédia de erros. Que nos orgulhemos do importante
papel que fizemos. E que nossa história tenha final feliz.
#LutopelaculturaRR
* Veja mais sobre o Teatro Carlos Gomes:
O Teatro e a lágrima (sincera) da atriz
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