segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Esclarecimentos à sociedade

Os artistas e produtores culturais de Roraima exigem da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) somente que seja cumprido o acordo firmado: que a verba de um milhão de reais, conquistada pela sociedade civil organizada junto à Assembleia Legislativa (ALE), seja destinada exclusivamente a editais voltados aos segmentos culturais. Não queremos nada além dos nossos direitos e do que a secretaria se comprometeu a fazer.



Uma vez que os recursos estão em uma rubrica geral do orçamento da Secult, não exclusiva para investimentos em editais culturais, o que legalmente não a obrigaria a direcioná-los a editais, esperamos que a secretaria reconheça seu dever moral de cumprir o que prometeu e firmou conosco.

Esclarece-se que esses recursos somente foram alocados na ação Fomento à Difusão Cultural (2425), natureza de despesa 33.90.39, porque o Fundo Estadual de Cultura (FunCultura) não estava em funcionamento, e não está até hoje. A emenda 034/16, da Comissão Mista de Orçamento, Fiscalização Financeira, Tributação e Controle da ALE-RR, foi publicada no Diário Oficial de Roraima de 16 de janeiro de 2017.

Entristece-nos ler em diferentes notas da Secult à imprensa que a referida emenda parlamentar não é destinada à utilização por segmentos específicos. Desse modo, a secretaria dá a entender que não tem vontade política de lançar os editais. Ora, se, por um lado, a Secult não está obrigada a destinar esses recursos a editais de cultura, por outro, não é proibida. Basta querer. Verba há.

Além disso, a mesma edição do Diário Oficial confirma a alocação no orçamento para 2017 de R$ 160.590,00 para a operacionalização do Fundo Estadual de Cultura (FunCultura). A Secretária Selma Mulinari prometeu começar a implantar o FunCultura a partir de maio de 2017. Entretanto, a última informação que temos é que o FunCultura não está em funcionamento porque, ainda que haja verba, não foram criadas nem a conta bancária específica do fundo nem a Comissão Técnica Permanente (Cotepe). Esperamos também da Secult esclarecimentos sobre por que o fundo não foi efetivado até o momento.

Depositamos nossa esperança na efetivação do FunCultura porque os recursos nele depositados, em conta específica e com CNPJ próprio, legalmente não podem ser remanejados para outras ações da Secult que não sejam do Fundo de Cultura. E, diferente da Lei de Incentivo à Cultura, os projetos aprovados em editais do FunCultura receberão recursos diretos do Governo, sem a necessidade de uma empresa que patrocine o projeto em troca de renúncia fiscal, o que acaba causando a não realização de grande parte dos projetos aprovados na Lei de Incentivo.

#LutopelaculturaRR

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